Foi bom pra você?

 Em algum dia essa pergunta já me soou fofa. Sim, porque demonstra o mínimo de preocupação com o/a outro/a?

Hoje, pensando melhor, mais madura, depois de ouvir tantas vezes esse questionamento e já ter uma opinião mais formada sobre ele, só tenho uma coisa a dizer: se é necessário perguntar, já se sabe a resposta, não é mesmo?

A verdade é uma só.

Quando é bom, fica claro!

Quando não é, tentamos nos convencer de que pode ter sido.

E esse é um lugar desconfortável para os dois lados. Então, evitemos.

Ou melhor, encaremos.

Vamos falar a respeito, sim. Porque, afinal, não há receita pronta que sirva pra todo mundo.

Sempre considerei estranha a expressão: bom/boa de cama.

Até porque, o que é bom pra mim, pode não ser para você, para o outro e assim vai.

Não tem regra, só precisa ter pele.

E pele é coisa que também pode haver e deixar de ter.

Por isso, é tão importante sentir. Sentir a si e ao outro. Sentir o agir e reagir de cada um/a.

Porque as pessoas mudam, as preferências também, ou não.

Estar com alguém na intimidade requer tato. É um constante desvendar.

Então, não me venha convicções. Traga apenas curiosidades.

E esteja aberto e apto a improvisações.

 

Escrito por Patricia Limeres, em 28/11/2021.

 

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