Te desculpo

Sem conseguir dormir, recorro ao computador para dizer, por escrito, que te desculpo. Até porque acho que não sobrou mais nada para dizer verbalmente.
Te desculpo...pelo telefonema. Aliás, te desculpo por todos os telefonemas.
Te desculpo também pelas vezes em que me escreveu.
Te desculpo por ter entrado na minha vida inesperadamente.
Te desculpo também por ter saído dela com data marcada.
Te desculpo por cada vez que me fez lembrar de ti, sentir tua presença (ainda que distante demais para senti-la), quando na verdade você não pretendia estar ou ficar.
Te desculpo por cada surpresa.
Te desculpo por cada pedido de desculpa.
Desculpo também a tua fraqueza.
Enfim, te desculpo por tudo.
Respeito sua decisão. Escolha é coisa de cada um. Ninguém escolhe por ninguém. Você fez suas escolhas, eu as minhas. Dessa forma, acho que o mais certo é dizer que te desculpo e, sobretudo, me desculpo. Afinal, fiz um bocado de mal a mim mesma enquanto acreditei que pudesse ser diferente. Devidamente desculpados, quero que você seja feliz. Hei de ser feliz também.  

Por Patricia Limeres – em 22 de outubro de 2013.

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