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Sou uma mulher de 39 anos e meio (praticamente) que mantém a esperança de viver um grande amor - um romance regado por sentimento, respeito e cumplicidade. Sei que é coisa rara de se ver na atualidade, mas é o que quero, espero e busco para minha vida. Se não for para ser assim, nem quero.

A intenção desse anúncio é falar um pouco de mim e também informar o que espero de você: meu futuro grande amor.

Como não sou dada a fazer propaganda enganosa, começo logo pelos meus defeitos e limitações. Porque das qualidades, todos falam com facilidade. Se, contudo, você se interessar, saiba que minhas virtudes e potencialidades também me acompanham na mesma bagagem.

Não sou uma exímia cozinheira. Longe disso. Sei preparar pratos básicos e práticos. Ou seja, não passo aperto, para não dizer fome. Portanto, não ofereço um cardápio vasto em variedades e complexidades. Se você sabe e gosta de cozinhar, será muito bem-vindo e terá peso dois. Ah, apenas para constar, posso lavar a louça em contribuição.

Não é à toa que a culinária não seja o meu ponto forte. Não sou muito chegada a receitas, nem passo a passo. Agrada-me mais o improviso. Gosto do ingrediente surpresa. O mesmo acontece nas relações.

Houve um tempo em que eu tinha um perfil de homem em mente, mas com a maturidade fui percebendo que listas de ingredientes só funcionam no supermercado. E, mesmo assim, no meu caso, estou sempre aberta a acrescentar algum item que por descuido tenha ficado de fora da lista. Ao mesmo tempo, há outros que não podem faltar de jeito nenhum.

Brincadeiras à parte, esse lance de cozinha e ingredientes foi só uma maneira divertida de dizer que não espero o homem perfeito oriundo de uma lista de tópicos idealizados. Quanto ao quesito saber cozinhar, não faço questão. Digo mais, nem tenho a pretensão ou intenção de casar. Portanto, saber cozinhar é detalhe. Tá certo, que é um detalhe que faz a diferença num jantarzinho romântico, mas é perfumaria.

Você se assustou com o fato de que não pretendo me casar ou morar junto? Então, lamento ser a portadora de mais uma notícia chocante ao meu respeito. Ser mãe também não está entre os meus planos. Não me pergunte as razões porque são muitas e escreveria um livro ao invés de um simples anúncio.

Neste momento, se faz importante dizer que nada na minha vida é definitivo. Porque nada na vida o é. Não sei o dia de amanhã. Talvez eu esteja aqui falando dos “meus planos” sem levar em conta que Deus tem um plano para cada um de nós e é possível que Ele tenha um plano para mim bem diferente. E o que tiver de ser, será.
A questão é: para eu mudar de opinião por conta própria, sem interferência divina, somente por uma causa muito justa, se é que me entende.

Dessa forma, se você quer se casar, ter filhos e ainda quer se candidatar ao meu coração, terá de me fazer rever meus conceitos. Diria até mais que isso. Terá de ser muuuuito digno dessa mudança significativa. E, para isso, terá de me convencer com atitudes. E só isso não basta, é claro. Terá de abalar as minhas estruturas. Repito: não procuro um marido. Procuro um homem para viver um romance sério, maduro, estável, saudável, mas cada qual no seu espaço.

Ah, já ia me esquecendo de mencionar algo importantíssimo. Existem duas coisas que me tiram o humor completamente: fome e sono. Então, uma dica: certifique-se sempre se estou próxima de sentir qualquer um dos dois. É só um conselho.

Tenho um cachorro que se chama Tango. Ou seja, gostar de animais é essencial.

Adoro dançar. Adoro mesmo!!! Penso que todos os casais, independente dos títulos e rótulos das relações, deveriam sair para dançar com frequência. A dança aproxima o casal. Faz o homem e a mulher se olharem nos olhos. Além disso, faz com que se reconquistem de tempos em tempos, porque a dança envolve em sua essência a conquista, a começar pela conquista da confiança.

Resumindo: um homem educado; bem resolvido; maduro; independente; inteligente; divertido (leve, mas de peso); que tenha princípios e valores bem definidos; e que esteja disposto a viver um relacionamento de verdade, com verdade. É fundamental que esteja disposto e aberto a se entregar; a conhecer-me, descobrir-me e desvendar-me; assim como permitir-se desvendar também. Sim, porque o processo de autoconhecimento é constante e permanente. Dessa forma, descobrir e redescobrir a si e ao outro faz parte do processo.

Apenas isso e TUDO ISSO!

O anúncio em si é uma brincadeira, mas se, por ventura, você leu até aqui e se identificou...surpreenda-me!

Por Patricia Limeres – escrito em 26/06/2011 e atualizado em 21/05/2017.

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