Caça ao tesouro

Dia após dia tenho procurado, incansavelmente, pelo velho, conhecido e bom “senso”. Diante do fracasso na busca, ampliei o raio de abrangência na tentativa esperançosa de, enfim, avistá-lo. Tudo em vão. Não encontro, mas estou certa de que está quietinho em algum esconderijo estratégico só observando se alguém dá por falta de sua presença. Será que até ele foi acometido da cada vez mais comum “vergonha alheia”? Bem provável, hein!?

Junto com ele deu no pé também a “honestidade” que, diga-se de passagem, já anda bem sumida há tempos. Desde quando mesmo? Seria...desde sempre? É, pode ser. No entanto, agora ela parece ter se retirado praticamente por completo. Então, faço um apelo desesperado: aos que ainda tem contato com ela, por favor, mantenham o laço forte, firme...inseparável! Assim, quem sabe ela ganha força e retorna ao convívio coletivo em tempo integral.

Não bastasse isso, outra companheira essencial aos nossos dias parece também ter batido em retirada. É ela. A tão encantadora e sempre bem-vinda “gentileza”! Justo ela que, a rigor deveria ser a primeira a chegar e a última a sair. Aquela que abre portas e janelas. Simplesmente se foi. Não deu conta. Sabe-se lá quando volta...se é que volta. Se puder me ouvir, imploro que não só volte como fique.

Se hoje eu pudesse fazer um pedido que tivesse poderosa força de realização, pediria que tais valores, assim como tantos outros que encontram-se em extinção, voltassem a transitar entre nós. Porém, enquanto a magia não se faz, eu continuo aqui procurando sem desistir de encontrar. Vou além. Faço um desafio aos que, assim como eu, travam essa mesma busca diária. Que tal ampliar o olhar nessa caça ao tesouro? Funciona assim: para cada exemplo identificado, um compartilhamento. 

Precisamos começar de alguma forma e logo. Então, que seja ao menos pela expectativa da replicação do bem, já que amor com amor se paga.   

Por Patricia Limeres - em 14 de março de 2012.

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