Tempo de Parar o Tempo

Fim de ano é sempre tempo de confraternizar. Tempo de celebrar o ano que já se despede e fazer vibrações positivas para o novo ano que se aproxima. Uma pena que façamos isso apenas uma vez por ano. Deveríamos fazer esse exercício em espaços de tempos menores. Um ano é tanto tempo e passa tão rápido. Rápido o bastante para que essas pausas intermediárias sequer sejam cogitadas.

Para mim, fim de ano também é tempo de isolamento, recolhimento. Tempo de parar o tempo e fazer uma análise sobre as atitudes que tomei e os pensamentos que alimentei. Hora de identificar e extrair o valoroso e descartar o resto.

É a famosa hora da faxina mental. Hora de limpar as gavetas nas quais acumulei as desilusões...elas já me ensinaram o que eu tinha para aprender; deletar dos compartimentos de memória aquelas que já não têm validade pra mim; remover dos móveis o pó que o que o passou deixou; retirar dos “cabides” as culpas que já não me cabem; varrer os resquícios de impureza que restaram no chão; e recolher os cacos das esperanças que um dia, por mero descuido meu, foram atiradas no solo e se espalharam por todo canto. Faço questão de recolher os cacos. Não com o intuito de colá-los. Quero apenas tê-los comigo como forma de lembrete de que tive e ainda tenho esperança. E como esperança não se remenda, se renova, quero esperanças renovadas para 2011.

O termo “fim de ano” já diz tudo. É o término de um ciclo. Nada mais apropriado do que aproveitar esse momento para fazer o balanço anual, não aquele empresarial ao qual já estamos acostumados, mas o principal e mais importante dos balanços: o balanço de vida. Aquele que nos apresenta o que temos feito com o nosso tempo e nos possibilita repensar o que pretendemos fazer com ele a partir de já; como temos nos comportado perante as pessoas que nos são caras e, ao mesmo tempo, nos apresenta alternativas para ao menos tentarmos estreitar os laços que, por alguma razão, afrouxaram-se; e, principalmente, o que temos feito por nós mesmos e, não tendo feito quase nada, nos revela o que ainda podemos fazer.

É com o extrato desse balanço que conseguimos perceber se estamos no caminho certo ou se ainda não nos encontramos nele. É de posse desse resultado que temos a chance de identificar a necessidade de mudança de rumo, de rota, de destino.

Nesse fim de ano, já me concedi esse tempo de reflexão. Depois de muito pensar a respeito, agendei a minha reunião comigo mesma. Uma reunião com horário apenas de início. Então, recapitulei momentos e fatos; pessoas e lugares; pensamentos e sentimentos; desejos e conquistas; afetos e desafetos; expectativas e frustrações; intenções e atitudes; intuições x decepções e/ou confirmações. Depois disso, elenquei num papel os acontecimentos do ano, desde os mais marcantes até os quase insignificantes (ou que deveriam ser considerados como), divididos entre “positivo” e “negativo”.

Quando finalizei as listas, me dei conta de que as coisas positivas que aconteceram em minha vida em 2010 tiveram proporção maior, ainda que eu tenha vivido momentos difíceis também. Aliás, foi um ano emocionalmente difícil para mim, admito. Eu diria que foi um ano do tipo “tudo junto e misturado”. Um ano repleto de conquistas, mas também de perdas irreparáveis.

Aproveitei o momento para também registrar em papel e projetar para o universo as minhas metas pessoais, profissionais, intelectuais, materiais e espirituais para o próximo ano.

Como é bom fazer esse check-up mental. Sinto-me até mais leve agora.
2010 foi, sem dúvida, um ano de aprendizado, de autoconhecimento. Agradeço por isso e por tudo. Pronto! Agora, sim, posso dizer que fechei o meu balanço anual com saldo positivo. Que venha 2011! Estou preparada!


Por Patricia Limeres – escrito em 29 de dezembro de 2010.

Comentários

Anônimo disse…
Feliz Ano Novo Kerida
Que 2011 seja um ano de conquistas
Saudades
Rick
Patricia Limeres disse…
Amém!!!
Que 2011 seja mais um ano de balanço positivo!
saudades também
beijos
Anônimo disse…
PARABÉNS Kerida!!!
Muitas Felicidade
Bjs 1000
Rick

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