Diálogo de um só

Quando a solidão passou a me fazer companhia, ao invés de me abrir para a vida, eu me fechei no meu mundo.

Quanto mais me via só, mais sozinha queria ficar. Era comigo que eu conversava. Era a mim que eu questionava e, à medida que me perguntava, eu mesma me respondia. Era o diálogo de um só. A conversa de quem é só.

Somente quando a minha companhia começou a não mais me bastar é que decidi abrir as janelas e portas. Trocar de roupas. Ouvir outras canções. Pensar outros pensamentos. Desejar outros desejos. A partir disso, a transformação interna e as manifestações externas começaram a acontecer.
Por Patricia Limeres - escrito em 17 de agosto de 2007.

Comentários

Anônimo disse…
Hmmm, desejo transformar esse "diálogo de um só" em um "monólogo de dois".

Será que é possível? :-)

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