Papo sério

Tenho conversado comigo ultimamente.
Um papo intimista desprovido de opiniões alheias.
Apenas eu e eu mesma. Sem testemunhas.
E, ao contrário do que pode prever, não tem sido em voz alta, como de costume.
Desta vez, é silenciosamente que tenho conversado comigo.
O verbo QUERER é tema central.
Lá pelas tantas, chego à percepção de que nem sempre o que quero é o que quero.
É somente o que acho que quero.
Porque o que acho que quero
Vem carregado de ilusões, expectativas,
Fantasias até.
O que acho que quero não traz bastidores.
Não considera bagagens.
Não observa detalhes.
O que quero?
Estou repensando com mais profundidade a respeito.
Desejar algo traz em si tanta responsabilidade.
Quero querer o que, de fato, quero.
Porque, na boa, pedir errado é despautério.



Por Patricia Limeres, em 28/5/2022.

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