Para cada um, dois (ou mais)

Neste outubro que ainda não terminou, mas já se finda, fui agraciada por uma avalanche de boas ações, iniciativas, manifestações, intervenções, projetos, sonhos e realizações. Cada qual com a sua especificidade, qualidade, beleza e simplicidade. No entanto, com algo em comum: a pureza.

Depois de tudo o que os meus olhos já testemunharam (e não foi pouca coisa), o que me fala mais alto hoje não é tanto o que vejo, mas principalmente aquilo que posso sentir a partir do que vejo. E como é bom ser tocada por algo que tenha verdade em sua essência!

O potencial criativo colocado em prática me sensibiliza porque me faz lembrar que TUDO é possível, mesmo com poucos recursos financeiros ou até nenhum. O que rege a vida é o amor e a força que tem a nossa vontade, somados à insistência, persistência e muito trabalho. Vale lembrar que reunião de esforços e parcerias também dão corpo às ideias. Não é de difícil entendimento. Se já podemos fazer coisas incríveis sozinhos, imagine a partir de um processo colaborativo.

Quando me deparo com boas iniciativas sou reabastecida de esperança. Que existe muita gente ruim, promovendo crueldades por esse mundão a fora é coisa que a gente já está cansado de saber. Aliás, a frequência com que as mazelas se dão não nos permite esquecer. Porém, não podemos deixar que nos turvem a vista a ponto de não notarmos que também há muita gente boa, semeando o bem por todos os cantos, todos os dias.

Seria excelente se, para cada pessoa que comete maldades, houvesse ao menos duas que promovam o bem, só de sacanagem. Talvez, isso já ocorra naturalmente sem que tenhamos dimensão. Sim, porque atos de bondade, em geral, permanecem no anonimato e na invisibilidade. Uma pena!

Assim, termino o dia com o desejo sincero de que já seja assim hoje ou que venha a ser um dia: para cada um, dois...três...

Por Patricia Limeres – em 28 de outubro de 2012.

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